29 de julho de 2011

Refúgio


A noite é meu refúgio. É nas horas altas que alcanço o topo das montanhas frias e escuto a poesia das estrelas no firmamento.


O véu se arrasta sobre os mundos, cobre meus olhos, venda a minha alma, e é entre as nebulosas que meu corpo plana sensível e morto...


Quero roubar o cristal da lua e plantar a luz nestas terras de sombras, acender o fulgor nos mares gelados e afundar a tristeza em brasa quente...


É no rastro do tempo que abandono a voz do trovador distante, enterro entre as memórias todos os laços, mas ainda guardo o retrato vazio na estante.



Enregelada, habitante das brumas notívagas, entrego o meu coração nas promessas pálidas da aurora e adormeço nos braços do inverno, consolando-me no sono eterno, sem temer a solidão...


Laísa C.

4 Outras confissões...:

a fantasista disse...

Seus textos são sempre de um requinte Laísa. Embora um tanto confuso na mensagem este tbm não ficou por baixo. Palavras bonitas, bem arranjadas.

Laísa Couto disse...

Celly,
obrigada pelo comentário, talvez, a confusão deve-se ao fato do enigmático, de aparetemente dizer o que não se quer dizer...

jinkaf disse...

Nossa, texto lindo!! Desperta uma sensação muito surreal ... guardar o retrato vazio ficou formidavel!!!! Amei seu blog!!!

Laísa Couto disse...

Olá Jinkaf,

fico feliz que tenha gosto do texto que tem esses apanhados surreais como caracteríscas da minha escrita..

Espero seu retorno...

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