18 de janeiro de 2012



O diário

Traço em cada linha
memórias confusas,
guardadas sob o manto difuso
da minha mente.

Perdida entre as nuvens,
ainda sou aquilo que não sou mais.
Faço-me ser diante das palavras
dispersas, pintadas nos muros
brancos das ruas – da vida.

Corro ao passos tímidos e pequenos,
rabiscos adornados em letras,
olhar fugidio, cabeça entre as estrelas,
este é meu diário.

Guardo o livro secreto das palavras
inomináveis e pensantes,
escritas em fina letra
de memórias infinitas.

Minhas mãos pequenas
escorregam pelas paredes lisas.
Vão tão rápidas, descrevendo o inexistente,
o que não se sente, o que faltou.


Percorro a procura de palavras,
palavras que fogem, que não sabem de nada,
que não sabem do começo, nem do meio,
muito menos do fim.

Laísa C.

1 Outras confissões...:

Luana Melo disse...

Eu simplesmente amei...
Adoro vir aqui e ler teus escritos...
Um Grande Beijo e continue viu???

http://luahmelo.blogspot.com

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