Pressa
Estou perdida num
movimento inconstante, num instante de desassossego.
Orbito entre os astros,
caminho entre o céu e o inferno e no nada continuo a vagar.
Tenho pressa contida, rumo
incerto na palma da mão. O destino brinca matreiro, consolando-me com palavras
de sonhos alheios.
Ai de mim, que vou
sempre à procura do fulgor eterno das estrelas, que miro o mundo das pequenas
janelas dos olhos negros ditos meus.
Em caos transito no
seio do labirinto, entre esquinas, entre passos, entre tropeços, entre espasmos
de loucura.
Entre mundos navego,
navego no mar negro, sombra e ira calejam meus dados, o coração já não mais
sangra, seco.
Cuido sempre de ir em
frente sem deixar o atrás, arrastar os espinhos, pisar pedras, subir montes e
nunca alcançar minha urgência.
Laísa Couto
3 Outras confissões...:
Muito belo o seu poema, Laisa! Você tem uma alma inquieta, de poeta desassossegada e melancólica. Seus sentimentos afloram, incontidos em palavras aflitas. Belo, muito belo!
Obrigada pela visita, Kyanja.
Escrever é isso aí, sacudir a melancolia da alma.
profundo e claro...
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