Ilha Púrpura
Olhos em brasas dançam
pelas paredes.
Sob meus pés, pele
escaldante.
Areia na garganta.
Medusas riem de mim com
seus lábios furta-cores.
No mar, apenas sangue
que tinge essa ilha de púrpura e ardor.
Tão quente...
Sinto o ar evaporar
pelas pontas dos meus dedos
e arranhar a voz que há muito tempo perdi.
Corrói o gosto infernal
desses versos.
Desfaço-me em nós e
grãos,
fragmentos incandescentes.
Um suspiro de socorro.
Morri aqui,
de braços dados com a
explosão solar,
que me cega,
na beira do precipício.
do mar.
Estou aqui, enraizada
nas pedras.
Agarrada as múltiplas essências
de um ser em chamas
Presa a uma ilha...
púrpura e deserta.
Laísa Couto
14/01/2015
1 Outras confissões...:
E assim, só pra saber mesmo, quando que você vai lançar um livro com seus poemas? haha
Beijos. Tudo Tem Refrão
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