14 de janeiro de 2015

Versos em brasa








Ilha Púrpura


Olhos em brasas dançam pelas paredes.
Sob meus pés, pele escaldante.
Areia na garganta.

Medusas riem de mim com seus lábios furta-cores.
No mar, apenas sangue que tinge essa ilha de púrpura e ardor.
Tão quente...

Sinto o ar evaporar pelas pontas dos meus dedos
e  arranhar a voz que há muito tempo perdi.
Corrói o gosto infernal desses versos.

Desfaço-me em nós e grãos,
fragmentos incandescentes.
Um suspiro de socorro.
Morri aqui,
de braços dados com a explosão solar,
que me cega,
na beira do precipício.
do mar.
Estou aqui, enraizada nas pedras.
Agarrada as múltiplas essências de um ser em chamas
Presa a uma ilha...
púrpura e deserta.

Laísa Couto

14/01/2015

1 Outras confissões...:

Ágata Bresil disse...

E assim, só pra saber mesmo, quando que você vai lançar um livro com seus poemas? haha

Beijos. Tudo Tem Refrão

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