23 de junho de 2011

Buscando um caminho


Sem fim


O meu caminho ficou inacabado, nem mesmo a vereda das minhas palavras tem seu próprio fim... O verso fora abandando no estreito vale dos mundos, as rimas não tem ritmo para conquistar o hálito de um trovador... o encanto dos dias ficou preso no passado, nas folhas rasgadas, no sangue que não se escorreu em lágrimas...


Meus passos disparam no estranho labirinto daqueles que se perderam. Meus olhos mancharam-se de tanta dor, de agonia louca e infinita. Tudo se esvaira nas veias frias do meu coração, no abraço de uma noite tempestuosa, e no grito daquela que tinha sido eu


Deixei os espinhos caírem no chão e corromper minha carne nebulosa... Sou apenas pó, minhas pernas não têm força para escalar os muros do destino, nem mesmo meus pensamentos em forma de vento adejam além das faces pálidas da vida – um carma que dessossega as eras da minha alma.


Não roubei as asas do destino, minhas palavras não voam mais, nem gritam, nem esperam – silenciaram-se para sempre dentro de outros sonhos, dentre dos devaneios que correm entre eu e você...


Laísa C.

2 Outras confissões...:

a fantasista disse...

Não, suas palavras voam sim, com beleza e vigor. Belo blog Laísa. Vou estar sempre passando por aqui, e obrigada por me seguir. Abraços!

Laísa Couto disse...

Olá Celly,
Obrigada pelo comentário..
nossos blogs tem muito em comum: a magia.
Também estarei visitando seu mundo..
Eu que agradeço por vc está me seguindo..
Espero seu retorno!

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