24 de março de 2012

Os facemaníacos que se cuidem...

Semana passada rolou uma notícia que Mark Zuckerberg estaria decepcionado com o comportamento dos brasileiros no Facebook. A notícia espalhada na rede foi dita como falsa, porém me levou a pensar que não foi espalhada atoa. De fato grande parte dos usuários brasileiros usa a rede de forma até inconveniente. Digo isso, pois grande é o número de informações fúteis e desnecessárias que giram nesse grande círculo virtual e viral.

Aderi ao site antes mesmo de virar "tendência" aqui no Brasil, e "exclui"(pseudoexclui ou desativei) a conta pelo meu desinteresse em redes sociais, por certa aversão em me expor. Reativei a conta para divulgar a série virtual Lagoena ao enxergar como o site é uma grande ferramenta de marketing e propaganda diferenciada. A vantagem disso é sua capacidade viral como eu já comentei acima, tudo, eu disse TUDO corre de maneira descomunal e imprevisível, portando usuário que se preze por sua intimidade deve levar suas atitudes facemaníacas com mais cautela.


Ué, mas pra quê vou me abster de avisar ao mundo o que eu comi ou bebi na noite passada? - Alguém se pergunta. Todo mundo tem a liberdade de se expressar como pode, falar o que vem a mente, "compartilhar" o que quiser, "curtir" o que bem lhe apraz, mas será que já pararam para pensar quanto isso pode soar incomodo e ridículo? A maioria das informações é inútil, achem nossos emails diariamente e pululam nossa página pessoal no site, parece uma perseguição, estou tendo pesadelos com a quantidade de atualizações por SEGUNDOS!


Hoje uma colega minha me enviou o link do perfil dela do Facebook com o intuito de eu adicioná-la, notei que seus dados não estavam expostos, perguntei o motivo, o que ela me respondeu: Laísa, você não leu a Veja?! O Facebook mantém todos seus dados, mesmo se você os excluir! Já pensou se quiser retirar a foto de um ex-namorado, a cara do DITO vai ficar para sempre lá!


PELOAMORDEDEUS! Não vou comentar isso!


Na avalanche se vê de tudo, citações de autores, fotos pessoais ou não, pensamentos pessoais desnecessários, propagandas, vídeos caseiros, memes ridículos, entre outros... O pior são as correntes falsamente com algum propósito social ou político, para mim (coloco minha opinião) são apenas apologias a miséria e ao descaso. Me dói ver a imagem de uma pessoa em sofreguidão, em estado lastimável de fome e humilhação, me pergunto, desde quando expor a imagem de uma criança ou adulto desnutrido é caridade? Enumerar os descasos da corrupção e ridicularizar políticos tão pouco soa com algum ato de protesto, pois quem ridiculariza quem? O cidadão que se empenha fielmente "teclar" todo santo dia, ou o político que se empenha a roubar, enquanto o primeiro deveria exigir trabalho honesto e lutar por isso? Desde quando ficar inutilmente parado diante do computador é lutar por um país melhor? Quem é o palhaço?


Sim, que compartilhem, que curtam, mas principalmente que se unam num propósito mais real que virtual...


Essas propagações não se limitam ao Face, e não é culpa dos sites, mas de seus usuários, as pessoas se esquecem que estão se "interrelacionando" e se despreocupam com as informações que veiculam, isso é um mal de nós, brasileiros, nada é levado a sério, pior nas redes. Estamos fadados a aceitar tudo, sem nos impor, não estou propondo aqui uma grande revolução, quem sou eu para fazê-lo? Mas nações já usaram este tipo de ferramenta virtual com mais inteligência, derrubaram ditaduras, propagaram protestos, já vimos isso aqui no Brasil, grupos reunidos em menor número engajados num propósito...

É claro que não devo generalizar, há aqueles que usufruem disso tudo de forma saudável, brincam, se divertem, trocam idéias. O Facebook não é um poço de inutilidades, é um aliado quanto se trata de interesses mútuos entre os usuários e liberdade é isso aí, ela pode estar dos dois lados, não se limita, acolhe todo mundo, só me pergunto se estamos sabendo aproveitar essa oportunidade.




5 Outras confissões...:

Fabio Baptista disse...

Olá Laísa. Eu não tenho facebook, nunca tive a menor paciência para esse tipo de coisa. Prefiro bater papo pessoalmente com meus (poucos) amigos.

Aliás, às vezes acho que sou o único ser humano que não tem uma porcaria de um celular.

Mas também não condeno quem tem essas coisas e dedica tempo a isso.

"Tudo é vaidade e vento que passa. Não há nada de proveitoso debaixo de sol."

JLM disse...

laísa
o melhor mesmo é começar pelos contos do lfv, talvez pelo mesmo roteiro q eu comecei: as mentiras q os homens contam, comédias p se ler na escola, sexo na cabeça, orgias (esse fala sobre as festas em família, heheh) e depois passar aos romances, q indico gula, o jardim do diabo e os espiões. os outros vc pode ler qdo e se pegar gosto pelo autor.
abraços

ps: entrei lá no bookserie p conhecer por sua causa. ideia interessante. me explica como funciona? pode ser por msn, email ou face, oq vc preferir.

Kleris disse...

Se eu contar que criei conta no facebook pq estavam me dando vários perdidos no horário da faculdade? Sério, tinha uma professora que faltava demais e por vezes comentava no facebook. Descobri que muita informação estava sendo passada por lá, desde postagem de notas a eventos acadêmicos (indignação maior?). Depois dessa, uma amiga minha fez também quando lhe disserem que "não ter facebook é quase o mesmo que não ter RG". Até hoje não me acostumei com o FB (prefiro o twitter) e já fiz alguns trabalhos em cima dele, mas quanto essa vida exposta... too much information. No twitter tem um pouco disso com as postagens desnecessárias, mas de geral não é tão exagerado como o FB, e para ver os comentários tem que clicar em cima. No twitter pra mim as coisas são mais convenientes, pois é vc que monta sua timeline e segue quem quer; no facebook, as pessoas têm caçado aqueles com quem estudaram no maternal ou por apenas terem se visto em algum lugar. Me sinto "inconveniada" (rsrs) quando isso acontece.
Abrir o FB é ver tia Clarice sendo citada antes de um bom dia, com um comentário abaixo perguntando sobre a pizza da outra noite. Sem falar mesmo das correntes ~~ já bastam no espaço do e-mail?
Mas eu ri do caso da Veja que você citou. Lembrei de uma série livro da Meg Cabot (Cabeça-de-vento) que mistura YA com ficção científica (transplante de cérebro para grupos comerciais), de uma parte que falava dos computadores que capturavam informações dos usuários para os vigiarem e fazer o 'mal' ~ o livro é bem engraçado e lida com o mundo dos famosos, tecnologia e marketing.

Laísa Couto disse...

Oi Fábio,

Certas coisas são desnecessárias para nosso uso, só fazem aumentar o bolo de neve que temos de carregar todos os dias, essas "tendências", consomen ainda mais a gente....

Tbm passei muito tempo sem ter celular, comprei um por necessidade, quando tava na faculdade, para me comunicar com a casa em qualquer urgencia.

Hoje minha mãe tomou de conta dele...Resumindo, esse "namoro" durou pouco tempo..rs

Obrigada pelo seu comentário e retorno!

Laísa Couto disse...

Olá J.,

Obrigada pelas dicas! Sim, passo no seu blog e lhe explico melhor como funciona o BooKsérie.

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