3 de julho de 2012

Adorável sonho


Incendeia minha alma com o pó da verdade.
Escondo-me debaixo das sombras.
Moro num vale longínquo, difícil de alcançar.

Canto cantigas perigosas de serem ouvidas.
Toco na flauta uma doce melodia.
Vingo todos os sonhos perdidos.

Meus passos seguem o tempo eterno.
Minhas lágrimas viram cristais,
Que pintam o céu crepuscular.

Oh! Vim de tão longe,
para soprar estas palavras no teu coração de anjo.
Morro e renasço como o pássaro em chamas.

Miro meus olhos à Lua.
Descubro o adorável sonho da vida sem partidas,
sem estradas, sem começos e sem fins.

Bebo a mais doce água,
fonte do ventre raro,
que jorra seu tesouro pelo mundo.

Eram delicadas as folhas brancas,
que tocaram suavemente meu rosto,
E concederam-me a coroa de Imperatriz da velha Floresta Pálida.

Ouvi os sorrisos travessos.
Brincavam no ar em ritmo infantil.
Gargalhavam palavras misteriosas.

Subi a montanha mais alta,
daquela Terra Secreta.
E pintei o firmamento de azul surreal.

Escrevi letras pálidas,
fáceis de serem lidas,
por aqueles que ousam voar.


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