27 de agosto de 2013

Momento solene da poesia.





 Arte de Louise Rabey


Sob a lua


Foi sob a lua que agarrei tuas mãos, eram tão alvas, ainda mais bela que a rainha da noite. Foi sob a lua que acreditei na tua promessa, na tua face pálida, uma bruma que pairava como uma aura distante....muito além do horizonte...
      
Sob a lua meu coração adormeceu perdido em sonhos, em tempos, em mundos...num pedaço  do teu tesouro, da tua alma branda e branca.
      
Agarrei tuas mãos sob a noite, alcancei minha salvação sob a lua....Li as mensagens translúcidas da tua mente, decifrei cada signo do teu misterioso segredo, era meu destino ser leitora da tua alma...
     
Sob o luar tristemente belo, encontrei a rosa branca em teu olhar. Desenhei palavras suaves em cada pétala, saciei a sede com lágrimas para curar.
     
 Foi sob a lua que tu me destes tuas mãos, e eu desesperadamente aceitei teu abraço, um instante do teu regaço, uma eternidade que desfaço, sob a lua, diante da tua alma – ó, límpida folha de papel!




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