Ola, pessoal!
Vou deixar aqui um post que fiz para o site Leitor Cabuloso, como colaboradora. Trata sobre um grande escritor da nossa literatura e uma de suas grandes obras. Espero que gostem.
'' Com toques de sátira social, elementos
mágicos, folclóricos, circenses e espírito medieval, A Pedra do Reino e
príncipe do sangue do vai-e-volta de Ariano Suassuna aprisiona o leitor
num Nordeste Encantado. Sim, não é preciso imaginar tão longe para viver
uma aventura cheia de fantasia e mistério. O nordeste tem uma cultura
que fervilha criatividade e Ariano soube usar isso com maestria no
romance publicado em 1971. O romance traz a memória do assassinato do
pai do autor, o ex-governador da Paraíba, João Suassuna, Ariano revive
essa tragédia nas páginas do livro, concluído 40 anos depois.
Ariano
Suassuna não gosta de ver essa obra como literatura regional, para ele ,
“a Taperoá que aparece ali não é só Taperoá, é Paraíba, é qualquer
cidade do mundo” . Sua obra é universal, não restritamente
regionalista. Quaderna, o personagem-narrador toma a voz do texto e
representa toda trama como uma recriação da realidade, uma realidade
magnificada, fantasiosa, mas que não deixar de fazer alusão ao real.
Inspirada
na lenda de Dom Sebastião, o rei português que desapareceu na Batalha
de Álcacer- Quibir na África, Ariano deu luz a sua aventura usando como
pano de fundo essa lenda portuguesa trazida para o Brasil.
O
romance já foi adaptado para o teatro e televisão. Em 2007 a Rede Globo
exibiu a microssérie A Pedra do Reino baseada na obra considerada
autobiográfica de Suassuna. O roteiro foi escrito por Luís Alberto de
Abreu, Bráulio da Tavares e Luiz Fernando Carvalho que também dirigiu o
elenco.
Abaixo, cenas da microssérie filmada em Taperoá, Paraíba:
Infelizmente, a microssérie não foi um sucesso de audiência. E a
trilogia dessa aventura de Suassuna continua inacabada. Sim, depois de A
Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, temos o segundo
volume da série História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao
Sol da Onça Caetana, lançado em 1976. Agora nos resta saber se o mestre
da cavalaria nordestina aos seus 86 ainda tem fôlego para fechar essa
série. Eu acho que tem e você?
0 Outras confissões...:
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