3 de setembro de 2010

Custa-me confessar


Olá, aqui estou eu novamente confessando meus pensamentos segredosos para desajustados que caem aqui no blog vez por outra....Estou postando uma prosa poética que escrevi já faz um tempo, acho que foi a última se não me engano, pois tenho encontrado poucas inspiraçoes para poesia agora que estou me dedicando no término do livro. Quem quiser acompanhar mais dessas minhas divagações é só acessar este site http://www.autores.com.br/Laisa_C/, escrevo lá há dois anos, se vocês quiserem podem participar também, é bastente dinâmico e o maior site de literatura online do Brasil.

Bom, só estou dando uma passada rápida...Até a próxima...


CUSTA-ME


Ah, o que custa-me lamentar entre os tropeços de rimas desfeitas?! Entre mundos de abissais maravilhas! Custa-me as mãos calejadas, o olhar suplicante, o coração dilacerado e amaldiçoado. Custa-me a vida e a morte.


Ah, vis gritos em ocas blasfêmias! Vira tua face para o vácuo do nada! Deixa-me entre o sim e o não, deixa-me arrastar pelo dessossego escaldante das estrelas, deixa-me gritar, deixa-me rasgar a garganta, deixa-me manchar o papel com o escarrar negro das palavras putrefatas de ódio de não sei o quê...


Ah, vá,vá! Morda teus hálitos, sangre em teus lençóis! Custa-me calçar teus pés com espinhos, custa-me a alma sofrega e partida!


Deixa-me aqui! Entre o vale da inexistência e o horizonte sem inocência!

Deixa-me cantar trovas sem nexos, para este mundo convexo nascido em mim!

Deixa-me amar em finas sinfonias de universos surreais!


Deixa-me amanhecer...

Sem custar-me morrer....



Laísa C.


*imagem: http://www.deviantart.com/

2 Outras confissões...:

Rackel F. F. Tambara disse...

Laisa, tua escrita visceral me encanta. Que esta inspiração se perpetue e possas nos presentear com muitas obras primas como esta que nos brindaste. Parabéns.

Laísa Couto disse...

Olá Rackel,
obrigada mais uma vez pela visita e comentário!

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