Nas últimas semanas estive muito aterefada com coisas que me arrastaram pelo caminho inverso da escrita, por isso, me atrasei com o livro mais uma vez, nestes momentos, me sinto como Niggle, uma personagem criada por Tolkien, o famoso escritor de "O Senhor dos Anéis". Niggle era um homem simples que vivia no campo, certo dia, ele se viu obcecado por um trabalho, ou melhor, uma distração que tinha se tornado a coisa mais importante de sua vida: pintar um quadro. A grande alusão com o criador da Terra Média se dá quando Niggle se vê interropindo de continuar a sua obra por causa das tribulações cotidianas. O quadro minuciosamente detalhado, uma paisagem com uma grande árvore, merecia mais atenção do que Niggle costumava ter com outras coisas ao seu redor, pintar aquele quadro era seu grande desafio e terminá-lo parecia doloroso, pois aparecia sempre algo para interromper sua ambição.
Tolkien passou mais da metade de sua vida desenvolvendo um mundo só seu, ele era Niggle, e a árvore do quadro, na verdade era o carvalho que ele sempre via de sua janela ao amanhecer... Toda Terrra Médias, seus elfos, anões, hobbits e orcs, não foram criados na noite para o dia, isso foi fruto de muitos anos de estudo e trabalho. Niggle conseguiu enfim terminar seu belo quadro? Talvez não...ele descobriu que existia coisas mais importantes, e que por certa vaidade consigo mesmo não enxergava, mas no final das contas, percebeu que deu o melhor de si mesmo...
J.R.R. Tolkien faleceu aos 81 anos, deixando muitos manuscritos, histórias inacabadas...e muitas outras ainda para contar...Eu não diria que Tolkien fosse como Niggle, o criador dos hobbits foi muito mais além de onde pensou chegar, se é que um dia. pensou... Na realidade, na sua grande modéstia, era um velho contador de histórias, sim, contador de histórias, destes que a gente só vê nas cidades interioranas ou até mesmo em outros livros... Mas ao contrário de muitos que tentam descrever um mundo secundário e trocar por milhões, ele simplesmente fazia isso por puro e simples prazer, ele sabia o que estava fazendo, ou melhor, contando...
Sinto falta de encontrar um escritor que me arrebate para outro mundo tão concreto e fantasioso na sua própria crença... Estou numa fase tão introspectiva que não estou muito para os incoscientes alheios, para mundos que não são meus... tenho de ser menos egoísta... e também não posso ser tão taxativa, claro que fugi para outros mundos quando precisei, estive em Nárnia várias vezes, por último fiz novamente minha viagem no Peregrino da Alvorada( prometo em breve fazer uma postagem sobre C.S. Lewis) e também deu umas escapulidas em Hogwarts, não posso deixar de falar da genialidade de J.K. Rowling e seu famoso mundo bruxo, posso dizer com propriedade que ela alcançou o que seus antigos mestres alcançaram: a pura magia de literatura fantástica.
Neste mundo de meu Deus há muitos mágicos charlatões, digo e repito, MÁGICOS CHARLATÕES, fazer literatura fantástica não é pra qualquer um e não se aprende a fazer mágica jogando Final Fantasi numa lan house... Existe algo muito mais profundo que está escondido numa folha de papel, este algo tem de ser desvendado e quem tiver o dom saberá enxergá-lo....Também não quero proibir ninguém de criar o que lhe vem a mente, afinal, o mundo precisa de pessoas mais imaginativas.... que contribuem mais, de forma pequena ou grande, o que vale é por seu tijolinho na construção da escada que levará todos para o caminho da igualdade...
É isso que os livros fazem, são grandes amigos, compartilham, e a gente, do outro lado, escuta, sem muitas vezes ter a consciencia de quem nos disse aquilo existe ou já existiu, é um igual a você, o que é um escritor? pode ser um padeiro, um açogueiro, é apenas uma pessoa como disse C.S. Lewis...
Bom, nem era pra eu ter "esticado" tanto, mas parece que o assunto rendeu algumas reflexões que vinham despertando em minha mente e eu não tinha com quem compartilhá-las, ao não ser refletí-las aqui...
São uma e onze de um domingo, décima manhã de outubro, e eu vou...
Agora, são extamente duas e quatorze, sim, isso mesmo, faltou luz e eu quase perdi a postagem, tive tempo de salvar.... e eu ia passar a madrugrada escrevendo, mas como Nigge, foi mais uma vez interropida por eventos casuais...
Até a próxima....vou dormir...(desculpem os erros ortográficos, depois eu corrijo...rs)Tolkien passou mais da metade de sua vida desenvolvendo um mundo só seu, ele era Niggle, e a árvore do quadro, na verdade era o carvalho que ele sempre via de sua janela ao amanhecer... Toda Terrra Médias, seus elfos, anões, hobbits e orcs, não foram criados na noite para o dia, isso foi fruto de muitos anos de estudo e trabalho. Niggle conseguiu enfim terminar seu belo quadro? Talvez não...ele descobriu que existia coisas mais importantes, e que por certa vaidade consigo mesmo não enxergava, mas no final das contas, percebeu que deu o melhor de si mesmo...
J.R.R. Tolkien faleceu aos 81 anos, deixando muitos manuscritos, histórias inacabadas...e muitas outras ainda para contar...Eu não diria que Tolkien fosse como Niggle, o criador dos hobbits foi muito mais além de onde pensou chegar, se é que um dia. pensou... Na realidade, na sua grande modéstia, era um velho contador de histórias, sim, contador de histórias, destes que a gente só vê nas cidades interioranas ou até mesmo em outros livros... Mas ao contrário de muitos que tentam descrever um mundo secundário e trocar por milhões, ele simplesmente fazia isso por puro e simples prazer, ele sabia o que estava fazendo, ou melhor, contando...
Sinto falta de encontrar um escritor que me arrebate para outro mundo tão concreto e fantasioso na sua própria crença... Estou numa fase tão introspectiva que não estou muito para os incoscientes alheios, para mundos que não são meus... tenho de ser menos egoísta... e também não posso ser tão taxativa, claro que fugi para outros mundos quando precisei, estive em Nárnia várias vezes, por último fiz novamente minha viagem no Peregrino da Alvorada( prometo em breve fazer uma postagem sobre C.S. Lewis) e também deu umas escapulidas em Hogwarts, não posso deixar de falar da genialidade de J.K. Rowling e seu famoso mundo bruxo, posso dizer com propriedade que ela alcançou o que seus antigos mestres alcançaram: a pura magia de literatura fantástica.
Neste mundo de meu Deus há muitos mágicos charlatões, digo e repito, MÁGICOS CHARLATÕES, fazer literatura fantástica não é pra qualquer um e não se aprende a fazer mágica jogando Final Fantasi numa lan house... Existe algo muito mais profundo que está escondido numa folha de papel, este algo tem de ser desvendado e quem tiver o dom saberá enxergá-lo....Também não quero proibir ninguém de criar o que lhe vem a mente, afinal, o mundo precisa de pessoas mais imaginativas.... que contribuem mais, de forma pequena ou grande, o que vale é por seu tijolinho na construção da escada que levará todos para o caminho da igualdade...
É isso que os livros fazem, são grandes amigos, compartilham, e a gente, do outro lado, escuta, sem muitas vezes ter a consciencia de quem nos disse aquilo existe ou já existiu, é um igual a você, o que é um escritor? pode ser um padeiro, um açogueiro, é apenas uma pessoa como disse C.S. Lewis...
Bom, nem era pra eu ter "esticado" tanto, mas parece que o assunto rendeu algumas reflexões que vinham despertando em minha mente e eu não tinha com quem compartilhá-las, ao não ser refletí-las aqui...
São uma e onze de um domingo, décima manhã de outubro, e eu vou...
Agora, são extamente duas e quatorze, sim, isso mesmo, faltou luz e eu quase perdi a postagem, tive tempo de salvar.... e eu ia passar a madrugrada escrevendo, mas como Nigge, foi mais uma vez interropida por eventos casuais...
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