14 de outubro de 2010

Pela noite, para a noite


Um canto para a noite

A voz cantante daquilo que fui e ainda sou adeja para terras distantes do horizonte. Sou pássaro pequeno escondido na penumbra da noite.

Tenho asas da cor do sereno e olhos de nuvens rosadas que escondem as estrelas em noite rara.

Nesse canto, vôo solitária buscando o caminho perdido em terras muito além desse mundo dito meu.


Muitas vozes adejam pela noite, mas somente uma é minha: a mais límpida, a mais prateada, a mais densa de sonhos traídos, a mais carregada de dor fulgurante, esta sim é minha - esta sim sou eu.

Vai para longe alma minha, voam para terras ermas minhas asas e meu canto nessa madrugada há de cair em papel enluarado - sou apenas pássaro nas horas tardias riscadas em tortuosos passos.

"Já tinha algum tempo que eu não escrevia uma prosa poética, as vezes acho que até esqueço como se faz, ou, acho que nunca mais vou escrever assim, por passar muito tempo sem fazê-lo. Ultimamente só tenho trabalhado no meu livro, e as frases soltas que aparecem em minha mente acabam não indo para o papel, daí que esqueço que não deveria esquecê-las..."
Laísa C.


3 Outras confissões...:

Rackel F. F. Tambara disse...

Suas frases, como dizes, são memoráveis, Laísa. Nada escapa de tua mente ávida em busca de sentido e de alento. Adorei.

Anônimo disse...

É muito bom ler suas prosas, Laísa!
Ainda bem que não desistiu delas!rs

Gosto muito da sua miscigenação entre fantasia e realidade.
A verdadeira escrita tem essa beleza entre o fantástico e o mundano...
Parabéns!!!

Ah!...e dê novidades sobre seu(s) livros...

Como estão eles?

Um abraço!

Laísa Couto disse...

Olá Rackel e Nyna,
obrigada pela visita!
espero o retorno de vcs!

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