O lápis rabisca o papel buscando a melodia etérea do vento, meus dedos finos dedilham as cordas do tempo que cai do telhando em faíscas estelares.
A chuva lá fora transborda em cristais despedaçados – sinos avisando a vinda dos sonhos distantes.
Há muito que fazer nessa estrada prateada, riscada de coisas não escritas, nãos sabidas, não ditas.
Apenas teimo em suavizar as bordas dos mundos, alisando o papel com palavras diáfanas, sussurrando melodias nunca pensadas.
Ah, o que não se pode dizer....marcar-se em pedra com o hálito e joga-se no perdido rio das nebulosas...
Busco coisas que não escrevi em palavras escondidas sob as folhas molhadas de suor e lembranças...
Ah! que se pode achar sob a fuligem dourada dos sonhos?
Ando, sempre ando e tocam os sinos aos meus passos, dançam os filhos do vento laçando-me num abraço, plantam em meus olhos diamantes quebrados e arrancam do meu do peito coisas que eu nunca disse, coisas que eu nunca escrevi e nunca saberei...
Laísa C.
3 Outras confissões...:
Você escreve muito!!
Você tem tanta segurança quando escreve, demonstra tanto zelo com as palavras! Tá de parabéns, Laisa!
E fica ainda melhor com essa música de fundo - a música do seu blog.
Fica na PAz!
Sempre haverá um mistério por trás dos escritos. Eu já me vi muitas vezes, admito, pronto a escrever um texto e recuar. Não pelos outros, mas por mim. Há certas coisas inconfessáveis a nós mesmos.
Parabéns laísa!
fico muito feliz que você continue escrveendo e nos deliciando com suas palavras.
Eu mudei de blog.
Estou numa nova fase e agora direciono meu "dom" para outro sentido.
Se quiser me visitar estou lá no
http://etconscientia.wordpress.com/
um bj!
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