11 de outubro de 2012

Prêmio Hans Christian Andersen, o Nobel da literatua infanto-juvenil e autoras nacionais

 
Autora de literatura infantil e juvenil, Lygia Bojunja Nunes é uma das autoras brasileiras que ganhou o mais importante prêmio literário da literatura infanto-juvenil, o Hans Christian Andersen, considerado o Nobel para esta categoria, no ano de 1982. A produção literária de Lygia Bojunga caracteriza-se pela transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade e aborda questões sociais contemporâneas com lirismo e humor. A autora, segundo a crítica literária Marisa Lajolo, nos momentos mais significativos de sua obra, debruça-se "sobre a perda da identidade infantil" e sobre as possibilidades de construção dessa mesma identidade dentro das perspectivas cotidianas dos centros urbanos contemporâneos.




Outra autora brasileira que conquistou o mesmo prêmio em 2.000 foi Ana Maria Machado. Ano passado foi eleita presidente da Academia Brasileira de Letras para exercício em 2012. Seu trabalho fala com diversos públicos como crianças, jovens e adultos. Grande parte dos seus textos para crianças e jovens procura estabelecer o espaço possível para a ficção em meio aos parâmetros cotidianos de uma cidade das últimas décadas do século XX. A literatura infantil, surge com características próprias do país, de "braços dados com a modernização", essa, adquiriu caracteriscas específicas, com as novas formas de socialização dos centros urbanos, em que a televisão passa a ocupar um espaço progressivamente maior no cotidiano da maioria da população. Parte da tradição  em que a autora se procura reestabelecer, para a literatura infantil, esse espaço dado pelo arranjo particular entre os  elementos da ficção e da fantasia com esse contidiano específico - nomeado por Clarice Lispector como " Quase de verdade" (em título de uma de suas obras).

                 Ana Maria Machado

Até a próxima!

 








2 Outras confissões...:

Yane Faria disse...

Quando eu era pequena, todo inicio de ano letivo, buscava entre os livros didáticos o de português e passava a tarde toda lendo os fragmentos de texto dessas autoras e tantos outros nacionais maravilhosos, selecionava os que mais havia me encantado e o relia por todo o ano inúmeras vezes. Ana Maria Machado era minha favorita, mas só descobri isso muito tempo depois porque naquela época, não me importava de descobrir o autor, era criança demais para saber a importância que eles tem na vida de um leitor. O amor que adquiri naquela época, trago até hoje. Parabéns pela matéria!

Laísa Couto disse...

Verdade, Yane, quando a gente é criança não liga para esse "negócio de autor", o que importava mesmo eram as histórias. Eu também tinha o hábito de ler os trechos que os livros didáticos de português ofereciam, pena que em maior parte dos meus anos de estudo, foram desperdiçados com apostilas =/

Obrigada pela maravilhosa visita!

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